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distratos de vendas

Carvalho e Silva Advogados

Mercado Imobiliário: Distratos de vendas cresceram 20,2% em 2015, mostra Abrainc

Associação espera recuo no volume de rescisões de negócios ao longo deste ano

Gabriel Calviño

18/Fevereiro/2016

Mauricio Pisani

O setor imobiliário encerrou o ano de 2015 com um volume crescente de distratos. As vendas rescindidas totalizaram 12,9 mil unidades no quarto trimestre de 2015, montante que representa alta de 20,2% em relação ao mesmo período de 2014. Por outro lado, em termos relativos, houve um recuo na proporção distratada das vendas até dezembro de cada ano: no quarto trimestre de 2014, 2,4% das vendas foram distratas até dezembro daquele ano, enquanto na mesma base de 2015, este patamar foi de 0,1%.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (18) são os primeiros sobre distratos apurados pelo índice Abrainc-Fipe, lançado em agosto do ano passado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pesquisa sobre os cancelamentos considera os dados de 13 incorporadoras de grande porte que fazem parte da associação. Os demais dados do indicador levam em conta dados de 19 companhias.

Segundo o levantamento, as vendas ficaram bastante acima dos novos projetos ofertados no mercado. Houve queda de 19,3% nos lançamentos no acumulado de 2015, totalizando 60,3 mil unidades. As vendas, por sua vez, recuaram 15,1%, e totalizaram 108,9 mil unidades, patamar bastante acima dos lançamentos.

No quarto trimestre de 2015, foram lançadas 17,8 mil unidades, o que representa uma queda de 29,6% ante ao mesmo trimestre de 2014. No mesmo período, foram vendidas aproximadamente 25,6 mil unidades, retração de 19,8%.

O estoque de imóveis novos disponíveis para comercialização (que considera os lançamentos e as demais unidades que já estavam no estoque) tiveram um leve recuo de 0,5%, passando de 110 mil unidades em dezembro de 2014 para 109,4 mil unidades em dezembro de 2015. No ritmo de vendas do último trimestre de 2015, seriam precisos 14,4 meses para liquidar esse estoque.

Para este ano, a expectativa da Abrainc é de um ano difícil, principalmente devido à falta de confiança dos agentes econômicos para fechar negócios. No entanto, há sinais de resiliência na demanda dos consumidores por imóveis, segundo o vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura.

“Os lançamentos estão mais restritos por todo o cenário nacional, e vemos diminuição nas vendas, mas elas acontecem em um patamar mais alto do que a quantidade lançada. Por isso há uma resiliência na demanda”, analisou Ventura.

A opinião é compartilhada pelo economista da Fipe, Eduardo Zylberstajn. “Chama muito atenção o fato de as vendas terem sido quase o dobro do que a oferta de novas unidades”, apontou Zylberstajn.

Ventura acrescentou ainda que acredita que os distratos de vendas continuem em um volume relevante nos próximos meses, mas com tendência de redução devido ao menor volume de negócios do mercado como um todo.

Em relação ao número de entregas de imóveis, a queda foi de 25,3% em 2015, totalizando 126,8 mil unidades. Já na comparação trimestral, a retração foi de 39,2%, para 31,3 mil unidades.